terça-feira, 20 de abril de 2010

Soneto da libertação

Assoletro em plena foice de morte
Cuspo no prato que não comi
Calo-me diante da verdade não dita
Que anda escondida em mim

Sou par de mim mesmo
Sou ímpar, sendo somente assim
Jogo verde no mato sem coelho
Digo não, mesmo querendo sim

A traça come o ferro
Mas não come a alma do ferreiro
Ser pleno de eternidade
É evadir desta caixa
Desta máquina de vaidades

A vida têm seus dons secretos
Seus presentes de grego,
Seus coringas na manga...

Mas que nada...
A vida é maçada,
Palhaçada!
A loucura é que liberta os homens
Da escravidão diária

(Jorge Rêgo)

Um comentário:

  1. Jorginho,

    Quer ser o "homem de domingo" do blog Versos de Falópio? Não entendeu nada? Então, dá um saque aqui: http://versosdefalopio.blogspot.com/

    beijosss

    PS: Vc é fodástico! :D

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